Carry on: ascensão e queda de Simon Snow - Rainbow Rowell

09:30

A MAGIA NOS SEPARA DO MUNDO; NÃO PERMITAM QUE NADA NOS SEPARE UNS DOS OUTROS.


Olá, leitores e leitoras! 
Hoje eu vou falar sobre Carry on, esse livro incrível que me surpreendeu positivamente. Tenho que contar, primeiramente, como esse livro veio parar nas minhas mãos. Que o Leituras&Gatices é parceiro da Novo Século, isso vocês já sabem, pulemos para a parte que interessa. Eu como leitora e bookaholic, vivo fuçando as redes sociais das editoras, principalmente os comentários de outros leitores, para ver o que "a galera" está lendo, já que eu costumo ler livros, digamos, clássicos, e acabo, assim, ficando meio por fora dos lançamentos de autores contemporâneos chegou a pessoa que só lê livro de gente morta. Lendo os comentários no Instagram da Novo Século, eu me deparei com váááários comentários do tipo "Por favor, quando é que vocês vão lançar Carry on? Nunca te pedi nada" ou "Quando Carry on chega no Brasil?" e muitos outros comentários semelhantes. Aí eu pensei "Nossa, essa autora deve ser muito boa!". Recentemente, a Novo Século anunciou que estava preparando o lançamento de Carry on, e eu "O.K.". Aí a editora mandou um convite para os parceiros lerem "antes de todo mundo" o livro em questão e eu pensei "Por que não dar uma chance e ver o que essa tal Rainbow Rowell tem de especial". Mas aí, quando fui pesquisar sobre o livro, percebi que os personagens de Carry on são, na verdade, personagens fictícios dentro de outra estória da autora, Fangirl. Então, eu pensei que não entenderia muito bem a estória, mas não, isso não aconteceu! Logo, para aqueles que não leram Fangirl e querem ler Carry on, fiquem tranquilos!
Afinal, do que se trata Carry on?

***

Simon Snow é o protagonista, um bruxo poderosíssimo que foi profetizado como o salvador, aquele que vai salvar todo o mundo mágico do vilão Insipidium, que está sugando a magia de alguns lugares e deixando os seres mágicos com medo de perderem sua magia para sempre. Porém, Simon está longe de se achar um herói, a verdade é que ele tem tanto poder que sequer consegue controlá-lo, e sempre que tenta fazer alguma magia acaba destruindo - ou matando - alguma coisa. Um desastre. Ele tem ao seu lado a amiga Penélope, ou Penny, uma bruxa muito poderosa e inteligente, e a namorada Agatha, que eu achei uma chata e mimada. A estória já começa no último ano de Simon e seus amigos em Watford, a escola de magia, em um cenário de guerra: as famílias antigas versus o Mago, diretor de Watford e protetor de Simon. As famílias antigas acreditam que o Mago esteja planejando algo ruim e que esteja por trás dos ataques do Insipidium ao mundo mágico. Além disso, há também as questões hierárquicas entre os seres mágicos, já que os bruxos são mais poderosos que as fadas, trolls, vampiros etc., e têm um conceito, digamos, elevados de si mesmos em relação aos outros. Tudo isso dá à narrativa um tom de tensão.

Para piorar as coisas, Baz, o odiado colega de quarto de Simon desapareceu, e Simon teme que ele esteja planejando algo para matá-lo, já que tem uma teoria de que Baz seja um vampiro (os bruxos odeiam vampiros) e tenta alertar os outros disso. Os dois são inimigos declarados, e Baz faz de tudo para atormentar a vida de Simon, são feito gato e rato desde o primeiro ano em Watford, porém, no último ano tudo muda e eles, que até eram então inimigos mortais, precisam se unir em nome de algo maior e deixar o passado de lado.

"Mas provavelmente vou ter que matá-lo algum dia, e nós dois sabemos disso."

E é aí que surge um casal que me conquistou: Simon e Baz! (Ué, Hel, mas o Simon não tinha uma namorada, como assim?) Olha, eu só posso dizer que esse casal é muito carismático e a partir da metade do livro é de não querer largar mais! Não só pelo romance que se desenvolve, mas também por toda a trama de conspirações e os segredos que vão sendo revelados a cada capítulo. Os capítulos! Não poderia deixar de mencionar, são capítulos de ponto de vista. Eu já falei que eu amo capítulos de ponto de vista?

Carry on foi a primeira estória que li no Kindle 

Não tem como começar a ler Carry on sem achar parecido com Harry Potter: a magia, o escolhido, um supervilão, a amiga inteligente que livra o protagonista das enrascadas, um diretor que protege o menino escolhido e por aí vai. As semelhanças são bem fortes no começo da estória, porém, param por aí, a partir do momento em que o Draco, ops, o Baz, se declara gay e completamente apaixonado por Simon. (Esse romance me fez lembrar da época da escola, quando estava apaixonada por algum menininho e o ficava irritando para chamar atenção). Tem coisa mais fofa? É assim o romance entre Simon e Baz!

"Eu vou morrer beijando Simon Snow."

Ler essa estória me fez voltar a ser uma fangirl (referência não proposital) de livros de fantasia, assim como eu era na adolescência com Harry Potter e Crepúsculo. Tá, eu sei que já sou um pouco velhinha para isso. Mas a verdade é que a Rainbow me conquistou com os personagens dessa estória, exceto a Agatha.
Simon e Baz, na arte da capa de Fangirl, também publicado pela Novo Século.

Mas, claro, nenhum livro é perfeito. Esse não foge à regra. Rainbow criou uma estória com um universo complexo e muitos personagens que acabaram por não ter tanto destaque e, apesar das 448 páginas, acho que o livro poderia ter sido estendido para mais um livro para que a estória fosse melhor explorada. (Mas Hel, não é você que é defensora dos livros únicos?) Sim. E não. Quando um livro é transformado em saga, mas é uma enrolação sem limites, eu não acho legal. Mas quando a estória é boa e você sente que algumas pontas ficaram soltas ou mal conectadas, acho que sim, poderia haver um prolongamento da estória. Personagens como o Mago e o núcleo dos vampiros ficaram, a meu ver, pouco desenvolvidos. Enfim, acho que eu gostei tanto de Carry on que fiquei querendo mais, talvez seja só isso.

Eu indico fortemente essa leitura para fãs de fantasia e para quem gosta de estórias que envolvam magia, seres mágicos, feitiços, amizade e romance.

Não posso deixar de falar que o post de hoje foi feito devido ao Dia internacional do orgulho gay, para deixar bem claro que toda forma de amor é válida, inclusive na literatura. 

Beijinhos de arco-íris da Hel.

ROWELL, Rainbow. Carry on: ascensão e queda de Simon Snow. 1ª ed. São Paulo: Novo Século, 2016. 448 p. Tradução de Marcia Men.

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14 comentários

  1. Eu também pude ler Carry On antes do lançamento oficial (graças à linda Novo Século) e amei completamente! O romance é mesmo uma maravilha e eu tenho vontade de guardar Simon e Baz num potinho <3
    Beijos, Ju!

    naosepreocupecomisso.blogspot.com

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    1. Verdade Júlia. Dá vontade de pegar o Simon e o Baz, colocar no colo e ficar alisando os cabelos deles.

      Amei, amei!

      Beijos!

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  2. Eu nunca havia me interessado pelos livros da Rainbow Rowell, mas esse eu adorei a sinopse e sua resenha me convenceu e agora quero!

    Conhecendo o blog agora e já estou seguindo!



    Hey! Da uma passadinha lá no Estandy Books - A Estante da Andy

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    1. Andy, esse é diferente dos outros livros da autora, é uma fantasia! Talvez você interesse.
      Que bom que você se interessou, recomendo bastante essa leitura, é leve e divertida!

      Beijos e seja bem-vinda ao L&G

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  3. Amei a resenha! Eu li apenas um livro da Rainbow Rowell, e amei demaaaiss!! Gostei muito da história de Carry On! Achei incrível a mistura de magia com LGBT, dá uma naturalidade ao tema que anda em falta na nossa sociedade e por consequência, na literatura.
    Beijos e lambeijos da Laila!
    Check-in Virtual

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    1. Pois, é Lívia, quem diria que colocar um romance gay num livro de magia daria tão certo?! São duas coisas bem distintas, mas ficou legal demais.

      Beijos meus e lambeijos do Lionel <3

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  4. Olá Hel! Rainbow é uma autora capaz de criar histórias maravilhosas, daquelas que você não consegue largar. Quer ter um surto de fofura? Leia Eleanor e Park. Me interessei pelo livro ao ler sua resenha, parece ser muito interessante. Bjo!

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  5. Hel, esse é o livro que não podia falar? Haha.
    Pelo que disse, esse casal Simon e Baz é uma linda composição, gostaria de conhecê-lo.
    Hel, eu acredito que a gente tem que aproveitar sempre que pode, mesmo que já esteja velhinho, voltar de alguma forma a nossa adolescência.
    Enfim, apesar dos pesares, eu não leio tanta fantasia e achei esse livro um pouco complexo, não sei dizer ao certo.
    Adorei a ideia de post especial para esse dia. Ótima resenha!
    Beijos 😆😴

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    1. Oi, Thami, é sim, hahaha.

      Esse casal é sensacional, amiga. Me fez voltar mesmo ao tipo de leitura que lia quando mais nova e achei a experiência muito válida!

      Se você não curte mesmo fantasia, fazer o que... Mas te garanto que o livro não é complexo, não. Não é daqueles que tudo se resolve no último capítulo, mas sim, o leitor vai encaixando as pecinhas aos poucos.

      Obrigada, beijos!

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  6. Nunca imaginei que esse livro fosse de fantasia! Já li um livro da Rainbow Rowell e li a sinopse de alguns dos livros dela e nenhum desses era de fantasia.
    Não é um gênero do meu interesse, não gosto muito de fantasia. Mas achei muito legal essa história e gostei bastante da escrita da autora quando li Eleanor e Park. Quem sabe dou um chance ao livro se tiver a oportunidade de lê-lo.
    Beijos!

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    1. Então, Júlia, essa é a primeira estória de fantasia que a Rainbow escreveu. Como eu não li os outros romances dela, não posso te dar um comparativo, mas posso comparar com outras fantasias juvenis que li e essa é de bastante qualidade, garanto.

      Beijos!

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  7. Olá Hel!
    Gostei muito da premissa e fiquei curiosa para saber o desenrolar do casal, mas como você mesma disse, a comparação com HP é inevitavel e por conta disso provavelmente minha visão sobre a obra seria prejudicada :/ pela resenha ela me soou como uma fan fic ai não sei se leria.
    Bjs

    EntreLinhas Fantásticas - Participe do nosso SORTEIO do ANIME FRIENDS <3

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    1. Olá, Thalita.
      Carry on É uma fanfic dentro de outra obra da mesma autora, por isso você achou que parece uma.

      E pelo que pesquisei, as semelhanças com HP são mesmo propositais. Tendo lido HP, posso afirmar que essas semelhanças não são incômodas e só aparecem mais no começo.

      Bjs

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