Resenha: Um corpo na biblioteca de Agatha Christie

Olá, leitores e leitoras! Hoje trago mais uma resenha para vocês e o livro é uma das diversas obras da rainha do crime, Agatha Christie. Acreditem ou não, eu nunca havia lido nada da autora - shame on me -, e, como estou numa vibe de conhecer autores novos, resolvi dar uma chance a esta trama policial.
A edição é capa dura e tem as folhas amareladas. Linda!

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Tudo começa quando o corpo de uma jovem loura é encontrado na biblioteca dos Bantry, e misteriosamente, ninguém na casa sabe quem aquela moça é e muito menos como o corpo dela foi parar ali. Logo, a polícia é acionada e a Sra. Bantry chama, também, para investigar o caso, sua amiga Miss Marple, uma sagaz detetive amadora.
Ao se deparar com as circunstâncias, tanto a polícia quanto Miss Marple ficam surpresos com a peculiaridade daquele crime. É fato que a moça foi estrangulada, mas quem ela era ou que relação teria com os Bantry isso não fazia sentido para eles.
Descobriu-se que se tratava de Ruby Keene, uma dançarina de um hotel da cidade que havia vindo de fora para substituir sua prima, Josie, que não podia dançar por causa de uma contusão no joelho.
Quando parece que a polícia está se encaminhando para os suspeitos de tal assassinato, mais um fato é adicionado à trama: um carro carbonizado é encontrado numa pedreira e, dentro, havia um corpo de outra jovem. Os investigadores, então, começam a suspeitar que haja uma ligação entre as duas mortes, contudo, isso só torna o caso mais complexo ainda, exceto para Miss Marple que, com seu poder de dedução e sua lógica apuradíssimos, consegue extrair de cada detalhe a resolução deste caso que, até então, parecia ser insolúvel.
Lionel sendo o meu modelo preferido para as fotos dos livros!

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A descrição dos personagens é muito boa e a forma como as atitudes deles são narradas (cada olhar diferente, sobressalto ou expressão facial) torna mais rica a narrativa e deixa o leitor cada vez mais confuso tentando descobrir quem é o assassino. Confesso que, em parte, eu descobri o autor (a) dos crimes, porém, embora a trama tivesse poucos personagens que podiam ser considerados suspeitos, foi difícil para mim acompanhar o raciocínio de Miss Marple e, chegar à conclusão que ela chegou foi jogada de mestre, a mulher é simplesmente extraordinária. Os personagens de Agatha Christie são muito bem construídos e uma coisa que gostei na narrativa dela é que não há quase nada de descrição de cenários, o que eu acho desnecessário demais!

"Os senhores gostam de contos policiais? Eu gosto. Já li todos e tenho autógrafos de Dorothy Sayers, de Agatha Christie, de Dickson Can e H.C. Bailey. O assassino vai aparecer nos jornais?" (Christie, p. 60)

Na citação acima, a autora deu um jeitinho de se auto promover, achei demais ela fazer uma intertextualidade de seus textos dentro de um texto dela mesma, (que confuso!).
Todavia, senti que a narrativa desse livro foi um pouco "parada", sem grandes reviravoltas, e isso fez com que eu me demorasse um pouco na leitura. Outra coisa que me deixou extremamente irritada, foi o trato da editora com a revisão do texto - se é que houve, de fato, uma revisão. Palavras sem acentuação (perdi as contas de quantos e´s estavam sem acento agudo), palavras grudadas como "agente" ao invés de "a gente" e muitos casos que não deveriam ser deixados passar antes da publicação de nenhum livro! Encontrar um erro ou dois é admissível, afinal, ninguém é uma máquina. Mas dezenas de erros em uma obra que não contém nem 200 páginas? Inaceitável, hein, Nova Fronteira!

Por fim, fico com a sensação de que não fui feliz na escolha desse título para começar a ler Agatha Christie, acredito que haja estórias bem melhores e excitantes que eu gostarei de ler.

Vocês que conhecem bem AC, têm alguma sugestão para mim? Ou o caso é pessoal?


Beijinhos, Hel.

CHRISTIE, Agatha. Um corpo na biblioteca: um caso de Miss Marple. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014. 180 p. Tradução de Edilson Alkimin Cunha.

Resenha: Coraline de Neil Gaiman


Olá, queridos! Como vão as leituras de vocês?
 Outubro... Mês das bruxas... Logo, decidi ler algo que fosse do gênero terror. Como nunca li nada do Neil Gaiman e estava com muita vontade de fazê-lo, escolhi Coraline.
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A estória começa quando Coraline e seus pais se mudam para um apartamento novo, num local afastado e que me pareceu sempre úmido e frio. Coraline é uma menina desbravadora e muito curiosa, contudo, seus pais não a deixam fazer nada, e, ainda por cima, não dão atenção aos dilemas e aflições da pobre garota.
Coraline, então, impossibilitada de sair para a rua, resolve desbravar o espaço do apartamento. É quando ela descobre uma porta que, quando aberta, não dá em lugar nenhum, há atrás somente uma parede de tijolos! Ela fica muito curiosa e, numa nova incursão, mas dessa vez à noite, ela abre a porta novamente, só que, dessa vez, a porta dá passagem para o que Coraline pensava que seria o apartamento ao lado, porém, ao atravessar a “passagem” Coraline percebe que ainda está no apartamento de sua família. 
“Olhou atentamente para o quadro pendurado na parede: não, não era exatamente o mesmo. O quadro que tinham no corredor era de um menino em roupas antigas, observando algumas bolhas. Mas agora, a expressão no rosto do menino era diferente — olhava as bolhas como se planejasse fazer alguma maldade com elas. E havia algo peculiar em seus olhos.” (Gaiman, 2003, p. 38). 
De repente, uma voz chama “Coraline?”. É uma mulher extremamente parecida com sua mãe, só que mais pálida e longilínea e, no lugar dos olhos, haviam dois botões pretos!!! Também havia um homem muito parecido com seu pai.
“— Quem é você? — perguntou Coraline.
— Sou sua outra mãe — respondeu a mulher. — Vá dizer ao seu outro pai que o almoço
está pronto. — Ela abriu a porta do forno e Coraline se deu conta, de repente, do quanto estava faminta. O cheiro era maravilhoso. — Bem, vá logo.” 
Os “outros pais” de Coraline são surpreendentemente atenciosos e pacientes com a menina e isso gera desconfiança nela. Sempre atenta e curiosa, não demora muito Coraline percebe que há algo de errado, é então que ela começa a “fuçar” nas vizinhanças.
Aqui abro um parêntese para uma passagem do livro que eu amei, amei, amei. Não só porque tem um gato, mas porque o diálogo de Coraline com ele me lembrou muitíssimo do diálogo de Alice com o gato de Cheshire:
“— Por favor, qual é o seu nome? — perguntou ao gato. — Olha, sou Coraline. Tá?
[...]
— Gatos não têm nomes — disse.
— Não? — perguntou Coraline.
— Não — respondeu o gato. — Agora, vocês pessoas têm nomes. Isso é porque vocês não sabem quem vocês são. Nós sabemos quem somos, portanto não precisamos de nomes.” (Gaiman, 2003, p. 52). 


Ilustração de Dave Mckean


Estupendo esse gato, não?
Com o passar dos dias, o amor da “outra mãe” vai se tornando obsessivo e controlador, até chegar ao ponto de ela trancar Coraline na “outra casa” e fazer coisas bárbaras para tentar conquistar o amor dela.
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Coraline é uma obra de terror para crianças - embora agrade muitos adultos, como me agradou – e isso é só o primeiro aspecto peculiar dessa fantástica obra . A forma como o autor narra os acontecimentos e descreve as cenas é simples e ao mesmo tempo riquíssima, o leitor se sente totalmente inserido no ambiente da narrativa. Indico esse livro para quem gosta do gênero, primeiramente, mas principalmente, para aqueles que apreciam um livro bem escrito cujo enredo se torna verossímil mesmo se tratando de uma estória de fantasia.
Obs.: Já assisti o filme de 2009, e havia o achado maravilhoso. O menino, Wybie, que aparece no filme, não existe no livro, mas fora isso todo o resto me pareceu muito fiel ao livro.
Obs 2 .: Existe uma Grafic novel de Coraline, da editora Rocco. Nela, Coraline aparece de cabelos castanhos, como no livro, e não azuis como no filme. Estou desejando ardentemente essa Grafic novel.

Capa de grafic novel que falei acima

Já leram Coraline? Ainda dá tempo de ler para o Halloween!
Beijinhos, Hel.
GAIMAN, Neil. Coraline. Rocco. 2003. 155 p.

Minhas citações preferidas

Olá, queridos leitores!!!
Hoje eu quero compartilhar com vocês amor em forma de palavras, que são trechos que eu retirei de alguns dos meus livros favoritos (que são muitos)! 


Foto: arquivo pessoal
Bom, começando pela rainha das frases "bonitinhas" Clarice Lispector, que nem sempre é referenciada pelo pessoal que usa as frases dela - que coisa feia. Eu amo a escrita dela e é por isso que há diversas passagens dos livros e contos dela que eu adoro:

"Que ninguém se engane, só consigo a simplicidade através de muito trabalho." 
Clarice Lispector em A Hora da Estrela.

"É que "quem eu sou" provoca necessidade. E como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é incompleto."
Clarice Lispector em A Hora da Estrela.

"[...] toda palavra tem a sua sombra."
Clarice Lispector em Felicidade Cladestina.

"É fatal não se conhecer, e não se conhecer exige coragem."
Clarice Lispector em Felicidade Cladestina.

"Mas sentimentos são água de um instante."
Clarice Lispector em Felicidade Cladestina.

“Poucos querem o amor, porque amor é a grande desilusão de tudo o mais. E poucos suportam perder todas as outras ilusões. Há os que se voluntariam para o amor, pensando que o amor enriquecerá a vida pessoal. É o contrário: amor é finalmente a pobreza. Amor é não ter. Inclusive amor é a desilusão do que se pensava que era amor.” 
Clarice Lispector em Felicidade Cladestina.

Clarice é uma diva né? Poucos escrevem como ela! Eu sempre tenho a impressão de que ela consegue colocar em palavras o indizível, sentimentos e questionamentos dos mais intrínsecos. É por isso que a admiro tanto, não há outra como Lispector!

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Um dos meus primeiros livros lidos, O Morro dos Ventos Uivantes de Emily Brontë  é um clássico da literatura:

"Se tudo o mais perecesse e ele ficasse, eu continuaria, mesmo assim, a existir; e, se tudo o mais ficasse e ele fosse aniquilado, o universo se tornaria para mim uma vastidão desconhecida, a que eu não teria a sensação de pertencer."


"Já tive sonhos que nunca mais me abandonaram e que me mudaram as idéias; espalharam-se dentro de mim como vinho se espalha na água e alteraram a cor dos meus pensamentos."


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Outro livro meu que é repleto de post-its de tantas passagens marcantes é O Retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde (que estaria de aniversário hoje, 16/10), cheio de trechos considerados imorais para a época em que foi lançado, esse livro é na verdade uma obra-prima do pensamento humano:

"A coisa mais comum torna-se encantadora se a escondermos.".


"Somente os intelectualmente perdidos discutem."


"Os fiéis só conhecem o lado trivial do amor; são os infiéis que conhecem as suas tragédias."


"Por que influenciar alguém é lhe entregar a própria alma. A pessoa não pensa seus pensamentos naturais. Suas virtudes não são as verdadeiras. Seus pecados, se é que existem pecados, são de empréstimo."


"A única maneira de nos livrarmos de uma tentação é ceder a ela. Resista e a alma adoecerá de saudades de coisas que ela se proibiu."


"As pessoas gostam muito de oferecer o que elas mesmas mais precisam. É o que eu chamo de profundezas da generosidade."


"Quando estamos felizes somos sempre bons, mas quando somos bons nem sempre estamos felizes."


"Cada um de nós tem em si o Céu e o Inferno [...]"


"Para ser popular é preciso ser medíocre."

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E por último, um dos livros mais lidos e admirados por pessoas de todas as idades no mundo inteiro: O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry. (Nem precisa comentários, né gente?)


"Quando o mistério é impressionante demais, a gente não ousa desobedecer."


"Quando a gente anda sempre em frente, não pode mesmo ir longe..."


"As crianças tem que ter muita paciência com as pessoas grandes. Mas, com certeza, para nós, que compreendemos o significado da vida, os números não têm tanta importância!"


"É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas."


"Mas o vaidoso não ouviu. Os vaidosos só ouvem os elogios."


"Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo..."


"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz!"


"Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos."

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Queridos, espero que tenham gostado da minha seleção de citações! Já conheciam alguma? Aposto que sim!

Beijinhos, Hel.

Resenha: A morte e os seis mosqueteiros de Anatole Jelihovschi

Olá, leitores. Como vão?
Hoje eu trago para vocês a resenha do livro A morte e os seis mosqueteiros que eu recebi para fazer um Book tour!
A morte e os seis mosqueteiros foi escrito por Anatole Jelihovschi e publicado em 2014 pela editora Jaguatirica.
Imagem cedida pela editora

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Como cenário dessa estória temos uma favela muito violenta e como personagens principais seis amigos que se autodenominam os seis mosqueteiros.

“O nome veio daquela história dos três mosqueteiros que viviam do outro lado do mundo na época em que existiam fadas, bruxas e reinos encantados. A professora leu o livro para a turma [...] A gente não se cansava de olhar para aquelas páginas com gente vestida tão bacana. E tinha aquele negócio de um por todos e todos por um.” (JELIHOVSCHI, 2014, p. 11).

O narrador é um desses mosqueteiros, o mais bonito, D’Artagnan, ou simplesmente, Zequinha. Ele e seus amigos, Juca Pelo de Burro, João Mocotó, Zé Grande, Batata e Meia-noite, além de Julinha que mora fora da favela, vivem as alegrias da infância sem se corromperem pelo meio em que vivem, sonhando com as estórias dos livros como Os três Mosqueteiros e O fantasma da Ópera, contudo, isso dura pouco.
Zequinha narra em primeira pessoa todos os acontecimentos de seu passado e aos poucos o leitor descobre que a vida na favela é muito mais cruel do que aquela que vemos nos noticiários. Ele sempre quis ser alguém na vida: trabalhar, estudar, constituir família, mas, conforme ele cresce, percebe que quem vive na favela está fadado a entrar para o crime ou viver com medo.

“Na favela não existe futuro, não. [...] Ninguém estuda para se formar doutor ou casar com garota rica, ganhar dinheiro e essas coisas todas. A gente precisa botar comida em casa, e é só. É isso hoje, vai ser isso amanhã. [...] Por isso esse negócio de morrer com dezessete, vinte e cinco ou oitenta anos, dá tudo na mesma. Ninguém tem futuro pela frente mesmo, e não se perde nada ao se morrer jovem aqui.” (JELIHOVSCHI, 2014, p. 50).

Conforme os “mosqueteiros” crescem, se afastam um dos outros, inclusive Zequinha se afasta de Julinha que era sua “paixonite”. Enquanto tenta se arrumar na vida, Zequinha descobre que seus amigos entraram para o mundo do crime, e estes tentam de todo modo dissuadi-lo a entrar também, contudo, Zequinha se mantém firme e não se deixa iludir. Consegue arrumar um emprego e é indo para o trabalho, no metrô, que reencontra Julinha. A partir daí, a vida de Zequinha se transforma em uma montanha-russa, oscilando entre momentos de alegria e desespero.
Foto: arquivo pessoal
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Morte, traição, medo... Todos esses elementos encontramos no enredo de A morte e os seis mosqueteiros. É uma estória triste, o tipo de livro que costumo classificar como um “soco no estômago” do leitor, pois nos tira de nossa zona de conforto e nos joga diretamente no mundo de tiroteios e sangue da favela, onde nem a polícia é confiável e nem na igreja se está seguro!
A escrita é extremamente fluida por sua simplicidade que acredito seja proposital – já que é uma pessoa da favela quem narra -, mas, apesar de simples, a narrativa é cheia de metáforas e pensamentos/reflexões do narrador que a tornam muito rica.
Eu indico essa leitura, sim. É um livro muito realista, com muita ação e que prende o leitor em todos os momentos.
A revisão também está impecável, e a estilística do autor me agradou muito.
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Gostaria de agradecer à editora por ter me convidado para participar do Book Tour, fiquei muito feliz pelo voto de confiança. Ademais, não fosse pela equipe da Jaguatirica, jamais teria conhecido essa maravilhosa estória!
Está é a minha opinião sobre o livro A morte e os seis mosqueteiros. Em breve, o livro será repassado para as mãos da Tainan do blog Eu curto Literatura e vocês poderão conferir a opinião de mais uma pessoa! E no final do Book Tour tem uma surpresa para vocês, leitores ;)

Blogs participantes do Book Tour A morte e os seis mosqueteiros:

Esperam que tenham gostado da resenha!

Beijinhos, Hel.


JELIHOVSCHI, Anatole G. A morte e os seis mosqueteiros. 1ª ed. Rio de Janeiro: Jaguatirica, 2014. 142 p.

Parceria: Entrelinhas Fantásticas

Olá, queridos leitores!
Hoje venho trazer mais uma novidade! O Leituras e Gatices agora é parceiro do blog Entrelinhas Fantásticas!!!
Desde que comecei a bloggar com o L&G, já seguia o ELF, pois os gostos literários são muitos parecidos (leia aqui como gosto literário O Hobbit e As crônicas de Gelo e Fogo) e as postagens do ELF sempre me chamavam a atenção. Pois fiquei muito grata quando uma das donas do ELF, a Thalita Branco, me convidou para a parceria :)



Um pouco mais sobre o ELF de acordo com as próprias donas:

"A ideia do blog surgiu a partir do encontro de três cabeças cheias de caracóis e caraminholas. Apaixonadas pela leitura, especialmente por ficção e fantasia e nerdices no geral, resolvemos então compartilhar nossos sempre sanguinários fervorosos debates sobre livros. Nasceu então o EntreLinhas Fantásticas, ELF para os íntimos."



Então, se você é nerd e não tem vergonha disso, o ELF é o lugar certo para você!

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Beijinhos, Hel.




Book Tour: A morte e os seis mosqueteiros

Olá, leitores, tudo bem com vocês?
No post de hoje eu venho compartilhar uma novidade: o Leituras e Gatices está participando do seu primeiro Book Tour! Pausa para comemoração:


Comemorandoney: adoro esses Gif´s da Brit!
 

O livro do Book Tour se chama A morte e os seis mosqueteiros e foi escrito por Anatole Jelihovschi.

A capa do livro, pela editora Jaguatirica


Sinopse: A morte e os seis mosqueteiros é a história de seis garotos muito amigos de uma favela. Quando crianças, tudo era uma grande brincadeira: Zé pequeno era D’Artagnan, o mais bonito, e os demais eram Juca Pelo de Burro, João Mocotó, Zé Grande, Batata e Meia-noite. Os meninos gostavam de se imaginar nos mundos de capa e espada, ou na peça ‘O fantasma da ópera’, mas na verdade moravam em uma favela violenta, com bandidos e policiais trocando tiros e matando gente.
De toda forma, ainda quando a infância sequer os havia deixado, a violência e o tráfico na comunidade em que viviam, de uma forma ou de outra, acabam por envolvê-los em uma teia de morte, assassinando seus sentimentos, valores e, principalmente, sua amizade.

O autor de A morte e os seis mosqueteiros, Anatole Jelihovschi
 Em seu novo romance policial, Anatole Jelihovschi, em uma escrita sutil, porém contundente, mergulha fundo no cotidiano das infâncias perdidas, dos relacionamentos partidos, das oportunidades que tantos ainda acreditam distantes demais da realidade.
Uma história dramática de como o ambiente e as más escolhas são capazes de corromper a beleza e a inocência dos jovens, e tragar seu futuro para um pesadelo sem fim. 
***

Fiquei muito feliz quando recebi o e-mail da editora Jaguatirica me perguntando se eu gostaria de participar do Book Tour e, claro, aceitei o convite deles!
Eu mais três blogueiros vamos resenhar o livro, sendo que o primeiro blog a resenhar vai ser o Leituras e Gatices, ou seja, em breve tem resenha aqui! :)

Blogs participantes do Book Tour:

Ficaram curiosos com o livro?

Beijinhos, Hel.

Poema felino: Ferreira Gullar

Boa noite, leitores! Hoje eu trouxe para vocês um poema que li quando criança, em um livro repleto de poesias sobre gatos, do Ferreira Gullar. O nome do poema é O ronron do gatinho, confiram e morram de fofura:

Na foto, Ferreira Gullar e seu gato Gatinho.
Fonte: Google Imagens.

O ronron do gatinho
O gato é uma maquininha 
que a natureza inventou; 
tem pêlo, bigode, unhas 
e dentro tem um motor.


Mas um motor diferente 
desses que tem nos bonecos 
porque o motor do gato 
não é um motor elétrico.


É um motor afetivo 
que bate em seu coração 
por isso faz ronron 
para mostrar gratidão.


No passado se dizia 
que esse ronron tão doce 
era causa de alergia 
pra quem sofria de tosse.


Tudo bobagem, despeito, 
calúnias contra o bichinho: 
esse ronron em seu peito 
não é doença - é carinho.

Ferreira Gullar.

Com esse poema eu desejo a todos os meus leitores um ótimo fim de semana.
Beijinhos, Hel.

GULLAR, Ferreira. Um gato chamado gatinho. Editora Salamandra. 2000.