Sobre Literatura e mediocridade

15:58

Fonte: Projeto: "Escrevendo sem medo" #ESM


"Para ser popular é preciso ser medíocre." (Oscar Wilde em “O retrato de Dorian Gray”).

Acho que essa frase se aplica em vários cenários, mas na literatura, ainda mais. Mas o que o personagem sincero, Lord Henry, quis dizer é que, basicamente, se você quer agradar a grande massa, você precisa ser raso e supérfluo. Bem polêmico. E o que isso tem a ver com a Literatura? Tudo!

Atualmente, muito se tem discutido sobre preconceito literário, eu, até então, nunca havia me pronunciado sobre isso, mas não significa que não tenha pensado profundamente sobre o assunto. Na verdade, eu me considerava, há um tempo, muito preconceituosa em relação à Literatura contemporânea e aos autores de YA e distopias adolescentes, hoje em dia, graças a um contato com esse tipo de livro, não tenho mais essa mentalidade. Contudo, e de novo uso uma citação de Oscar Wilde, “Livros são bem escritos ou mal escritos. Isso é tudo.”, e não há como negar que muito do que tem sido lido atualmente trata-se de literatura comercial, feita com a única finalidade de vender. É o mal da nossa geração: os números! Percebo que não existe mais aquela preocupação em comentar sobre o livro, mas sim, apenas ostentar a imagem de leitor, passar a impressão de intelectualidade e ser admirado, e isso torna-se um problema a partir do momento em que a obra literária fica em segundo plano e o sujeito leitor se coloca em evidência.

Muito mais que uma obra de arte, percebo que os livros vêm se tornando, cada vez mais, somente uma capa bonita e um pretexto para adaptações cinematográficas, e isso é alarmante! Não há mais a fruição da leitura como antes havia, embora o movimento da leitura esteja ganhando forma e adeptos, o que percebo é uma comercialização da literatura, aquilo que foi feito com intencionalidade artística, torna-se algo com uma finalidade capitalista, embora alguns teóricos e o próprio Wilde afirmem que toda arte, incluindo a literatura, é inútil. Mas como assim, Helena? A Literatura é inútil?
Sim! Eu respondo, é inútil. É que está tão enraizado em nosso comportamento atribuir uma finalidade/objetivo a tudo que fazemos, que só o fato de ler uma obra não basta! É preciso mostrar que se está lendo, é preciso encontrar uma razão para tal atitude e esquece-se, nesse movimento, de apreciar a arte pela arte.

Mas voltando a falar sobre mediocridade, e sobre preconceito literário, o que há de errado, então, em ostentar a imagem de leitor? Não há nada de errado, eu digo, se a finalidade for incentivar a leitura e o contato com a arte, que deve ser a principal finalidade de qualquer indivíduo que se dispõe a falar sobre livros atualmente. Mas há um problema, sim, caso esse indivíduo se esqueça do conteúdo do livro ( a estória, o enredo, narrativa etc. e a relação disso tudo com a formação do homem enquanto sujeito ) e foca somente no livro enquanto um objeto, uma decoração para a estante, um item de coleção.

Uma coisa que venho percebendo e que me deixa muito triste, é que os leitores mais jovens tem certa aversão à Literatura clássica, livros consagrados pelo tempo e pela crítica, e percebo, também, que isso muito tem a ver com comodismo. Frases do tipo: "Ah, mas a escrita é muito difícil!" ou "Esse livro foi escrito há muito tempo, eu nem era nascido!" são muito utilizadas como argumento para se esquivar desse tipo de Literatura, uma pena! É cômodo ler um livro como "A culpa é das estrelas", claro, a linguagem é simples, o enredo é básico, não há mistérios ou metáforas, é tudo muito claro na narrativa e os personagens são idealizados para agradar os leitores. Não exige do leitor um desprendimento da sua "realidade" nem que ele pense fora da sua "caixinha". Mas eu não julgo aqueles que leem esse tipo de livro com a finalidade de entretenimento, pois eu mesma faço isso quando estou cansada de leituras mais "densas". O que eu quero dizer é que não há como negar que alguns livros que, atualmente, são considerados grande sucesso de vendas, se comparados à grandes obras da Literatura, são considerados medíocres. Mas não se assustem com essa palavra, medíocre, na minha intencionalidade de uso aqui, nesse texto, é mais ou menos isso, de acordo com a definição do dicionário:

medíocre 
me.dí.o.cre 
adj (lat mediocre) 1 Médio ou mediano. 2 Meão. 3 Que está entre bom e mau. 4 Que está entre pequeno e grande. 5 Ordinário, sofrível, vulgar.

Ou seja, não é ruim, mas há melhores! Entendem? Um exemplo prático disso seria eu recomendar que, ao invés de ler uma distopia como "Divergente", que eu vejo muita gente falando que é mal escrita e que a autora não soube usar o recurso do narrador, vocês se dispusessem a ler "1984" ou "Admirável mundo novo", por exemplo, que são distopias clássicas e das quais essas distopias adolescentes muito têm bebido da fonte! Não posso negar, todavia, que muita coisa boa vem sendo escrita atualmente, e que esse crescimento da população leitora é algo majoritariamente positivo, não importa o tipo de Literatura que é consumida.

Eu sei que vou causar polêmica ao publicar esse texto e eu sei que muita gente vai discordar da minha opinião, eu só quero que vocês estejam com a mente aberta assim como eu abri minha mente para ler livros contemporâneos e "famosinhos"e que sejam educados nos comentários.


Obs.: Esse texto foi escrito para o projeto "Escrevendo sem medo" idealizado pelo blog Historiar, e para o qual eu fui gentilmente convidada a participar pela Thamiris Dondóssola, autora do blog. Todo mês, um tema novo é lançado com a intenção de que os participantes do projeto exerçam a escrita "sem medo". O tema do texto acima foi "Citação" e consistia em discorrer sobre uma citação dãããã de algum livro e que o autor do texto se identificasse. A partir de agora, todo mês postarei um texto aqui no Leituras&Gatices para vocês!

Beijinhos, Hel.

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24 comentários

  1. Olá Helena,

    De fato, existem muitos livros publicados atualmente que foram produzidos única e exclusivamente para a venda. Textos medíocres, posso dizer, depois de ler a definição.

    Postar uma resenha no blog, por exemplo, seria um exemplo de que procuramos uma finalidade para a leitura?

    Quanto ao fato de os leitores jovens não se interessarem pelos clássicos, hoje mesmo me deparei com uma situação. As pessoas se sentem mais atraídas pela comodidade do que imaginam.

    Gostei muito do seu ponto de vista e obrigada por participar do projeto. Vou adorar ler seus textos a cada mês! ♥

    Beijos, Historiar

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    1. Oi, Thami!

      Acredito que o trabalho que fazemos ao resenhar um livro não seja uma finalidade na leitura, mas sim, uma continuidade no diálogo entre obra e leitor, dessa forma, mantemos o texto "vivo". Não acha?

      É uma pena os jovens não se interessarem pelos clássicos, a faixa etária não é desculpa para não querer ler um livro.

      Adorei o seu convite, muito obrigada por me convidar!

      Beijos!

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  2. Belo texto! Adorei. =)
    Interessante esse projeto, deu até uma curiosidade dos próximos textos~ x)
    Bem, primeiramente, tenho que dizer que tenho meu preconceito sobre esses livros contemporâneos. Não nego que existam livros bons, mas eu sou muito chata com narrativas e os livros "atuais" são tão... objetivos. =\
    É quase uma valorização de quantidade ao invés de qualidade.

    Mas concordo contigo que há um lado bom nesse crescimento de público leitor. =)

    Enfim, gostei dessa menção à apreciação da literatura como arte. ^^
    Parabéns pelo texto.

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    1. Obrigada, Paulinha!

      Projeto legal, né? Eu aceitei porque sinto falta de escrever mais livremente, expondo meus sentimentos e opiniões mais pessoais, achei uma boa, mas sei que, como tenho opiniões muito polêmicas, talvez as pessoas acabem não concordando, enfim... Sempre trago meus argumentos!

      Esse fato da quantidade versus qualidade é preocupante mesmo!

      A literatura é arte e as pessoas parecem esquecer disso, às vezes, se bem que certos livros por aí nem podem ser considerados arte, hehe... Mas aí, quem sou eu para julgar, deixa o tempo falar.

      Obrigada pelo seu comentário, Paula. É sempre bom conversar com gente sensata ;)

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  3. Adorei o texto!

    É muito corajoso da tua parte ter publicado esse texto. Realmente, muito polêmico, mas concordo contigo na maioria dos teus apontamentos.

    Eu gostava muito de ver alguns livros que eu amo serem transformados em filmes, mas tô quase ficando cansada já. O pessoal até desiste de ler o livro sabendo que tem o filme, já que é "mais fácil" e mais cômodo também. Amo filmes, mas ultimamente tá virando exatamente isso: um comércio de literatura por meio de adaptações cinematográficas. O que é triste.

    Parabéns pelo texto, ansiosa pelos próximos! Beijinhos!

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    1. Oi, Júlia. Que bom que você gostou!

      Eu também gosto de quando os meus livros favoritos tem versões em filme, mas de forma alguma eu troco a leitura em detrimento do filme, acho que ambas se complementam, mas a leitura é muito mais completa que assistir um filme, afinal, são plataformas diferentes!
      É cômodo mesmo, mas a leitura, no final das contas, tem muito mais a acrescentar!

      Beijos! Adorei saber a tua opinião e conversar sobre esse tema tão polêmico!

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  4. Oi Helena!
    Eu parei tudo o que eu estava fazendo para ler atentamente esse texto. Gosto de pessoas que expõem opiniões sinceras, sem se preocupar se vão estar indo contra a "moda" ou não. Também sou admiradora da escrita antiga e de livros que nos tiram da realidade, saímos da nossa comodidade e nos sentimos em outro mundo. Gosto dos livros atuais, não nego, mas também gosto daqueles de raízes, sabe? Os que deram origem a tudo, e que hoje em dia foram esquecidos pelo tempo, por muito.
    Amei o projeto, e voltarei mais vezes ao blog.
    Um grande beijo!
    www.sonhosnabolsablog.blogspot.com

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    1. Obrigada por dispor do seu tempo e ler o meu texto, é muito importante para mim!

      Eu fico feliz que você pense assim, começo a pensar que há mais pessoas que pensam como eu e que a literatura clássica não vai se perder no tempo! Não é pecado gostar de livros atuais, mas é preciso evoluir e admitir que há livros bem escritos mil vezes melhores!

      Obrigada pela visita, ficarei feliz caso retornares ^^

      Grande beijo para você também!

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  5. Olá Helena :)
    Que belo texto expondo sua opinião! Depois que acabei seu texto fiz uma reflexão aqui, e percebi que nunca tinha me atentado ao fato de a escrita ser uma obra de arte, quem sabe até uma das primeiras desenvolvidas pelo homo sapiens. E realmente analisando alguns clássicos que já li como "Dom Quixote" e "As Crônicas de Nárnia", o uso de inúmeros recursos que a escrita oferece são usadas minoritariamente pelos autores atuais. Corajoso da sua parte expor "sem medo" assim o que vc pensa! Com certeza vou acompanhar os outros textos que virão...
    Bjo
    http://www.blogleituravirtual.com/

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    1. Olá, Gustavo! Obrigada pelo comentário!
      As pessoas não percebem a literatura como arte porque atualmente ela está cada vez mais se afastando de ser arte. A linguagem é um recurso da arte, isso é fato, mas muitos autores têm usado a linguagem de forma muito pobre e simplória, atualmente, parece que subestimam os leitores (ou talvez não tenham capacidade de escrever melhor ). Enfim... Que bom que te causei essa reflexão!

      Bjão!

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  6. AMEI o seu texto Helll!! Que considero até um micro artigo de tão bem fundamentado nos argumentos!
    Concordo com você em quase tudo, exceto pela "leitura inútil" entendi sua referência ao falar do ler por prazer, "ler por ler", sem tem uma razão para o qual... Mas eu, pela minha formação (Turismo + Gestora Cultural), penso sempre naquele útil que não está evidente, ou seja, tudo que fazemos tem um impacto e consequentemente uma utilidade, desde questionar o porquê de ter ou não gostado de uma obra até as análises mais profundas da mesma! E não curto muito a palavra inútil por isso rsrs
    No mais, concordooo com tudinhooo! Os novos leitores (ou seria mais correto, leitores novos?) estão abandonando os clássicos e isso é terrível! Primeiro, pois eles acham que tudo que os autores de agora estão criando é "totalmente original e novo" e como você mesma disse, não são, eles beberam de muitas outras fontes antes! Segundo, que estão perdendo toda a gama de encontrar essas similaridades e entender o que ocorria naquela época! E isso é tão fascinante que é uma pena uma grande parcela desses leitores não aproveitar!!!

    Adoreiii o uso do "medíocre", as pessoas tem um centro preconceito com a palavra e vc a usou muitoooo bemmm!! Eu lembrei de um texto excelente de Raymond Willians, um pensador da cultura, a tradução se chama "Cultura é para todos", mas no inglês faz mais sentido "Culture is ordinary"... A cultura é ordinária, outra palavra que sofre muito preconceito! Quando tiver oportunidade, leia!! ^^

    Vou acompanhar o projeto! Achei super interessante!! ^^

    Parabéns de novooo \o/


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    1. Oi, Denise. Obrigada pelo comentário e por expor sua opinião. Entendo que você discorde da "inutilidade" da literatura, eu acredito que de certo modo ela seja inútil, mas também acho que a literatura tem um papel de formação do sujeito, como exposto no texto, porque a leitura tem benefícios muito conhecidos, como o aumento do conhecimento de mundo, melhora na escrita e aprimoramento do vocabulário, entre outras coisas. :)

      Vou pesquisar sobre esse texto "Culture is ordinary"", me pareceu interessante demais a partir do que tu pontuou!

      Obrigada ^^

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  7. Oi, Helena!

    Li seu texto e, apesar de ler muitos livros atuais, concordo com tudo. Li Machado de Assis quando era adolescente, com um dicionário do lado para procurar as palavras que não sabia. Demorou mais? Sim! Mas foi uma leitura que me marcou para sempre. Desde então ele é meu autor nacional preferido e "Dom Casmurro" tem um lugar especial no meu coração.

    Sobre a comodidade, um exemplo claro disso pra mim é que o post mais visualizado do meu blog é uma resenha de "O Alienista"... Poderia ser otimista e achar que os jovens estão se interessando mais por esse tipo de livro, mas sei que provavelmente foram atrás de um resumo pronto para algum trabalho acadêmico.

    Adorei o texto, mesmo!

    Beijos, Entre Aspas

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    1. Oi, Carla. Ler um clássico é uma experiência única e posso afirmar que as únicas catarses literárias que tive em minha vida foram ao ler um clássico!

      Isso que acontece com você, sobre "O alienista" também aconteceu com o blog de uma amiga minha, e é uma pena mesmo que os jovens tenham "preguiça" de ler os clássicos!

      Obrigada.

      Beijos!

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  8. Adorei o texto, você tem razão em muitos aspectos. Acho que o que mais doeu até hoje foi descobrir que certas lojas vendem livros por metro como objtos de decoração, ultrapassando até o limite do se escrever textos medíocres apenas para agradar, essa prática chega ao produzir livros apenas para preencher estantes. O projeto parece ser bem bacana, aguardo seu texto do mês que vêm ;)

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    1. Oi, Bibbi! É sempre bom ver você por aqui!

      Beijos e obrigada por compartilhar sua opinião comigo!

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  9. Hel linda, acabei de compartilhar esse seu texto no snap e acho que toda a blogosfera deveria ler, de verdade!
    Você levantou questões extremamente relevantes o que diz respeito a leitura.
    Infelizmente vivemos um mundo em que as relações são de fato rasas e superficiais. As pessoas querem se sobressair e ter um lugar privilegiado de modo que acabam vivendo na superfície.
    O preconceito literário (e de outras naturezas) está presente por todos os lugares e assim como você já tive muito... Mas com o passar do tempo, você percebe que são escolhas, como tudo na vida. Mas claro, chega um momento em que é preciso alçar voos mais altos - espera-se.
    Interessante o comentário a respeito do objeto livro estar atrás do possuidor. Em que momento nos perdemos?
    Obrigada pelo post! É de utilidade pública! =)

    Beijão,
    Nina

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    1. Obrigada pelo seu apoio e pelas suas palavas, Nina!
      ~Em que momento nos perdemos? Boa pergunta!

      Beijão!

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  10. Todo amor por este post, Hel! <3 Compartilho de suas inquietações! Esta transição da literatura universitária para o "mundo Saraiva" foi um pouco difícil no início, mas por puro condicionamento de leitura de meu convivio acadêmico... Hoje, talvez eu esteja um pouco radical com o "outro lado da moeda" literária: já não consigo ler a filosofia de antes. Porém, surpreendo-me com autores e enredos muito bem escritos, como você citou, e este é um prazer que há muito eu não sentia! Sinto-me feliz por ter cruzado esta alguma fronteira do gosto artístico, mesmo.


    Quanto ao mercado, olha, depois do fim da hermética Cosac Naify, creio que os males de convivermos com publicações de Youtubers chega a ser dos menores; afinal, sem este boom de iniciativas editoriais, dificilmente encontraríamos este nicho de oportunidade jovem-autoral (emprego não está fácil! rs), seja o impresso como o da blogsfera.

    Sobre os blogs-de-comentários: apesar de todos os excessos e faltas deste boom literário dos blogs, penso que o saldo tem sido de algum modo positivo... Resta-nos agora torcer pra que haja um dia a maturidade (e a cultura) de entender a "literatura do passado" e igualmente convivermos com a dos jovens autores. E claro, torcer por um mundo com mais reflexões e menos copy-paste de sinopses por aí! rs

    Bjs,
    Rebeca

    http://blogpapelpapel.blogspot.com

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    1. Olá, Rebeca.

      Não tinha pensado por esse ângulo do mercado de trabalho, concordo contigo! Há sempre um lado positivo, afinal!

      Bjs!

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  11. Adorei seu texto.
    Devemos nos desprender de todo tipo de preconceito, não somente o literário. Assim como vemos muitos jovens leitores com seus preconceitos com clássicos, vemos alguns leitores de clássicos com preconceito dos livros atuais. Devemos nos livrar disso, pois existe coisa boa tanto no século passado quanto neste.
    Eu, particularmente, gosto de tudo que é mais simples. Mas também estou cansada de livros escritos somente para virarem adaptações cinematográficas. Acontece que quanto mais se preocupam com as vendas, mais a "arte" se perde. A indústria cultural é isso aí, gente. Populariza a arte e a leva para lugares onde ela não ia antes. Pena que nesse processo muito da qualidade fica para trás.

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    1. Oi, Maria! Obrigada.
      Eu também acho que o preconceito é um grande mal para a humanidade, seja ele qual for.
      Sobre a indústria cinematográfica e o que você disse sobre a arte se perder no caminho, concordo plenamente com você.
      Muito obrigada por compartilhar a sua opinião comigo.
      Beijos!

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  12. Ufa, senti um alívio agora, pois você definiu super bem a palavra medíocre, do ponto de vista apenas de "mediano". Eu li um livro e postei foto no Instagram, na legenda coloquei que ele era legal, mas medíocre. Simplesmente a autora foi e curtiu, me deixando com um peso horroroso na consciência, fiquei imaginando se ela entendeu meu conceito de mediocridade. E sim, concordo com você, livros tornaram-se números, as pessoas não leem para comentar o enredo do livro ou entender seu contexto e crítica social (aliás alguns livros não têm muito contexto). A questão da leitura está muito distorcida sim, experimente fazer um post criticando negativamente um desses livros muito famosos entre os adolescentes, os fãs poderão lhe deixar com medo demonstrando sua falta de respeito à opinião dos outros. Gostei muito do seu blog e fui lendo os textos aos pouquinhos, vou voltar sempre. Abraço.

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    1. Que tenso essa situação, hein. Medíocre realmente é um termo que é mal interpretado, tem uma conotação negativa, quando não o é de todo!

      Criticar livros "famosinhos" é um grande risco, as pessoas parecem ter perdido todo o senso de criticidade, atualmente. Não sei se é porque já estão acostumadas a concordar com tudo ou porque têm preguiça de formular argumentos, mas a verdade é que percebo leitores pouco críticos atualmente, e logo leitores! A leitura deveria ser um exercício à reflexão e não um consumismo de enredos feitos para vender!

      Abraço, Maria. Sinta-se a vontade sempre que vier aqui no blog!

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